quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Aracne, a artesã

Aracne uma bela moça, filha de um tintureiro de lã na cidade de Colofon, e por isso bordava e tecia, tendo um grande talento para essa arte. À medida que Aracne foi tornando-se adulta, sua arte também se aperfeiçoava, e logo seus trabalhos eram disputados por todas as mulheres da cidade. Algumas mulheres vinham de longa distância para ter uma peça bordada da artesã e todas comentavam sobre a beleza de seu trabalho. 
Atena, a deusa protetora das obreiras e artesãos, teve conhecimento de que todas as mulheres consideravam os bordados de Aracne melhores do que os seus. Como Deusa das Artes, Atena foi desafiada numa competição de destreza. Ambas trabalhavam com rapidez e habilidade.
Quando as tapeçarias ficaram terminadas, Atena admirou o trabalho impecável de sua competidora, mas ficou furiosa porque Aracne ousou ilustrar as desilusões amorosas de Zeus, pai de Atena, em sua tapeçaria. O tema de sua tapeçaria ocasionou a ruína de Aracne. Atena ficou furiosa e destruiu o trabalho de Aracne, transformando-a em aranha, condenada para sempre a tecer.O mito de Atena e Aracne mostra o comprometimento de julgamento, quando se esquece da questão principal para se preocupar com detalhes alheios aos fatos. Como defensora categórica do pai, Atena pune Aracne por tornar público o comportamento ilícito de Zeus, sem questionar o desaforo do próprio desafio. 

Apolo e Marpessa, aprendendo a perder

No tempo em que os deuses do Olimpo ainda desciam à terra em busca do amor das belas mortais, Apolo tinha tudo para ser o mais cobiçado. Além de ser a divindade responsável pela cura das doenças e dos ferimentos, Apolo também presidia tudo o que se referia à música, ao canto e à poesia, sempre na companhia das musas. Sua figura serena era a encarnação do equilíbrio harmonioso entre o intelecto e a beleza física. Os artistas sempre o representaram como um homem jovem, de porte atlético, com feições refinadas e um semblante inteligente - um verdadeiro modelo de beleza viril. Era difícil imaginar que alguma mulher, pudesse resistir a um homem assim.Marpessa era uma princesa de extraordinária beleza e Apolo se apaixonou tanto por ela que, numa atitude sem precedentes, pediu-a em casamento. Porém Idas, um príncipe que era apenas um mortal, também tinha feito o seu pedido de casamento. Como era inevitável, os dois rivais se defrontaram. Apesar de desigual, a terrível luta chamou a atenção de Zeus que se viu obrigado a interferir na briga dos pretendentes. A princesa Marpessa foi incumbida de escolher com quem se casaria e surpreendentemente ela escolheu Idas.
Questionada porque teria rejeitado o deus Apolo, ela disse que não poderia ser feliz ao lado de um deus tão cobiçado e tão célebre em toda a Grécia, além de que temia ser abandonada pelo deus quando ficasse velha. Apolo retornou para o Olimpo, derrotado e inseguro, inaugurando o mote que os homens despeitados repetem até hoje quando se sentem preteridos ou trocados por alguém que consideram um rematado cretino: "É a velha queda que as mulheres têm pelos tolos!"

Admeto e Alceste

Rei da Tessália, o jovem Admeto tratava muito bem seus súditos e servos. Foi sua sorte pois, sem que soubesse, o deus Apolo tomou lugar entre seus empregados. O deus ficou tão admirado com o bom tratamento que o rei dispensava a todos e resolveu recompensar aquela bondade tornando-se seu protetor. Primeiro ajudou Admeto a desposar a bela princesa Alceste, que era disputada por outros reis mais poderosos. Depois prometeu-lhe que, quando chegasse sua hora de morrer, ele teria uma segunda chance podendo viver o mesmo número de anos que já tivesse vivido.Admeto e Alceste experimentaram por alguns anos as alegrias de um matrimônio feliz. Tiveram dois filhos que foram recebidos com grande júbilo pelos súditos e idolatravam o casal real. Entretanto, o jovem Admeto adoeceu repentinamente, tomado por uma enfermidade que parecia não ter cura. Pressentindo que ia morrer, invocou seu protetor Apolo. O deus o tranquilizou dizendo que a promessa seria cumprida. Tudo estava acertado com a Morte.
No entanto a Morte exigia uma compensação: ela pouparia Admeto se alguém se oferecesse para morrer no lugar dele. Como era um rei admirado, todos achavam que não haveria problema em satisfazer aquela condição. Mas Apolo enganou-se: ninguém quis assumir o lugar do jovem rei enfermo, nem mesmo seu pai e sua mãe, que já eram bem velhinhos. Ao saber disso, sua esposa, a doce e jovem Alceste, apresentou-se como voluntária alegando que não poderia continuar vivendo depois que o marido morresse.
Admeto chorou de gratidão e suas lágrimas se misturaram com as dela, numa tocante cerimônia de adeus que a Morte interrompeu para levar a rainha. Quando o pai veio lhe dar os pêsames  Admeto inconsolável investiu contra ele acusando-o de egoísta e insensível. O velho retrucou dizendo que gostava muito da vida para desperdiçar o pouco que lhe restava e que ele fora egoísta e covarde ao permitir que sua mulher o substituísse.
O invencível Hércules ou Héracles, comovido com a trama que envolvia o casal, enfrentou corajosamente a Morte e conseguiu trazer a rainha de volta. Mas aquele desfecho surpreendente não teria um final feliz. Admeto ficou radiante, mas Alceste não emitiu uma só palavra ao se reencontrar com o marido. Uns dizem que ela estava muda de espanto com o que tinha visto no outro mundo.
Sem dúvida podia ser espanto, mas o motivo era bem outro: ao passar para o outro mundo, pode ver, pela vez primeira, o avesso de nossas vidas e tinha compreendido que o amor e a morte, a generosidade e o egoismo, a coragem e a covardia se entrelaçam, são inseparáveis, para formarem essa figura complexa, rica e imperfeita que é todo e qualquer ser humano.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sísifo



Filho de Eolo (o deus dos ventos), Sísifo foi considerado como o homem mais astuto do seu tempo. Tendo presenciado o rapto de Egina, filha de Asopo (o deus rio) denunciou Zeus, o deus dos deuses, ao pai da moça, em troca de uma fonte na sua cidade. Furioso com tal insolência Zeus ordenou a Tânatos que o matasse. Sísifo no entanto armou uma cilada e conseguiu aprisionar o deus da morte, provocando desse modo um desequilíbrio no Hades. Hefesto, preocupado com a parada de ingresso dos mortais em seus domínios, queixou-se a Zeus. Este providenciou pessoalmente para que a tarefa da morte de Sísifo fosse cumprida. Sabendo do inexorável da sentença, Sísifo ordenou à sua mulher para que  não lhe prestasse homenagem fúnebre nenhuma. Chegando ao Hades nessas condições ingindo estar furioso, atribuiu toda a culpa dessa profanação à mulher e exortou que lhe fosse permitido voltar, apenas por um dia, para puni-la de forma exemplar. Hefesto hesitou porem não pode negar-lhe o direito de fazer cumprir os rituais obrigatórios para a sua passagem ao mundo dos mortos. Sísifo aproveitou-se da concessão e não retornou ao Hades, conforme havia prometido. Voltou a defrontar-se com a morte somente muitos anos depois e, dessa vez, ele sim, foi castigado de forma exemplar – condenado a subir uma montanha  carregando uma pedra enorme, a qual, a partir do cume deveria fazer rolar pela encosta abaixo,  repetindo a tarefa indefinidamente – empurrar a pedra até o topo do morro e deixá-la rolar pela encosta abaixo, repetindo essa operação indefinidamente.Segundo o filósofo francês Albert Camus, o sentido desse castigo era o de  provar aos homens sobre a inutilidade e o absurdo de tentar iludir a morte.

Teseu


Um dos feitos mais famosos de Teseu foi derrotar e matar o minotauro de Creta, fera com com corpo de homem e cabeça de touro que era usado pelo tirano rei Minos para devorar prisioneiros em seu labirinto.Creta havia ganho uma guerra contra Atenas e de nove em nove anos cobrava a vida de sete jovens homens e sete jovens mulheres atenienses para sacrificar ao minotauro. Em uma das embarcações que partiu, Teseu tomou o lugar de um dos jovens, disposto a matar o monstro. A embarcação partia com uma vela negra mas Teseu prometeu a seu pai que caso fosse vitorioso trocaria por uma branca durante a volta, simbolizando seu êxito.Chegando a Creta conquistou o coração da filha de Minos, Ariadne, que ajudou-o em sua missão dando-lhe um novelo de fio que serviu-lhe como guia para depois conseguir retornar do labirinto do minotauro. Teseu então retornou levando consigo de volta os atenienses e ainda Ariadne, porém abandonou-a no caminho na ilha de Naxos e ainda esqueceu-se de trocar a vela negra por uma vela branca no retorno, fazendo com que seu pai ao avistar a embarcação aproximando-se, cometesse suicídio pensando que o filho morrera. O mar em que o rei se jogou foi batizado com seu nome, se tornando o mar Egeu.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Perseu

Perseu era um filho de uma mortal, Danae, e do grande deus Zeus, rei do Olimpo. O pai de Danae, o rei Acrísio, havia sido informado por um oráculo de que um dia seria morto por seu neto e, aterrorizado, aprisionou a filha e afastou todos os seus pretendentes. Mas Zeus era deus e desejava Danae: entrou na prisão disfarçado em chuva de ouro, e o resultado dessa união foi Perseu. Ao descobrir que, apesar de suas precauções, tinha um neto, Acrísio fechou Danae e o bebê numa arca de madeira e os lançou ao mar, na esperança de que se afogassem.
Mas Zeus enviou ventos favoráveis, que sopraram mãe e filho pelo mar e os levaram suavemente à costa. A arca parou numa ilha, onde foi encontrada por um pescador. O rei que comandava a ilha recolheu Danae e Perseu e lhes deu abrigo. Perseu cresceu forte e corajoso e, quando sua mãe se afligiu com as indesejadas investidas amorosas do rei, o jovem aceitou o desafio que este lhe fez: o de lhe levar a cabeça da Medusa, uma das Górgonas. Perseu aceitou essa missão perigosa não porque ambicionasse alguma glória pessoal, mas porque amava a mãe e estava disposto a arriscar a vida para protegê-la.
A Górgona Medusa era tão hedionda que quem olhasse seu rosto transformava-se em pedra. Perseu precisaria da ajuda dos deuses para vencê-la e Zeus, seu pai, certificou-se de que essa assistência lhe fosse oferecida: Hades, o rei do mundo subterrâneo, emprestou-lhe um capacete que tornava invisível quem o usasse; Hermes, o mensageiro divino, deu-lhe sandálias aladas; e Atena lhe deu uma espada e um escudo. Perseu pôde fitar o reflexo da Medusa e, assim, decepou-lhe a cabeça, sem olhar diretamente para seu rosto medonho.
Com a cabeça monstruosa seguramente escondida num saco, o herói voltou para casa. Na viagem, avistou uma bela donzela acorrentada a um rochedo à beira-mar, à espera da morte pelas mãos de um assustador monstro marinho. Perseu soube que ela se chamava Andrômeda e estava sendo sacrificada ao monstro porque sua mãe havia ofendido os deuses. Comovido por sua aflição e beleza, o herói apaixonou-se por ela e a libertou, transformando o monstro marinho em pedra com a cabeça de Medusa. Em seguida levou Andrômeda para conhecer sua mãe, que, na ausência dele, tinha sido tão atormentada pelas investidas do rei depravado que, desesperada, tinha ido se refugiar no templo de Atena.
Mais uma vez Perseu ergueu bem alto a cabeça da Medusa e transformou em pedra os inimigos da mãe. Depois, entregou a cabeça a Atena, que a incrustou em seu escudo, onde ela se tornou o emblema da deusa para sempre. Perseu também devolveu os outros presentes aos deuses que os haviam oferecido. Daí em diante, ele e Andrômeda viveram em paz e harmonia e tiveram muitos filhos

Amazonas

As Amazonas (em grego antigo Αμαζόνες, transl. Amazónes) eram as integrantes de uma antiga nação de guerreiras da mitologia grega. Heródoto as colocou numa região situada às fronteiras da Cítia, na Sarmácia. Entre as rainhas célebres das amazonas estão Pentesileia, que teria participado da Guerra de Tróia, e sua irmã, Hipólita, cujo cinturão mágico foi o objeto de um dos doze trabalhos de Hércules. Saqueadoras amazonas eram frequentemente ilustradas em batalhas contra guerreiros gregos na arte grega, nas chamadas amazonomaquias.
Na historiografia greco-romana, existem diversos relatos de incursões das amazonas na Ásia Menor. As amazonas foram associadas com diversos povos históricos, ao longo da Antiguidade Tardia. A partir do período moderno, seu nome passou a ser associado com quaisquer mulheres guerreiras em geral, e hoje, o termo é frequentemente utilizado para se referir a mulheres que montam a cavalo, participando em provas de equitação em destreza ou salto.

Eros e Psiquê


Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram. 
Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la. 
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale. 
Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber. 
Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.
Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz, muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso. 
Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas conseqüências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu. 
E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido. 
Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele. 
Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo.
No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor. 
Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo.
Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles. 
E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

o Deus Pan

Pan, na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos rebanhos e dos pastores.
Morava em grutas e passava os dias correndo atrás das ninfas. Os pastores se assustavam com os ruídos provocados por ele e com a sua figura assustadora; daí o nome pânico para medo súbito e imotivado, uma vez que Pan não causava dano algum aos pastores ou aos viajantes que costumavam atravessar a floresta.
A palavra pânico deriva desse deus, metade homem, metade bode, porque causava, com sua correrias, medo repentino (irracional) naqueles que precisavam adentrar seu território.
Pan queria apenas divertir-se, correr atrás das ninfas e tocar sua flauta.
Diz a lenda que Pan apaixonou-se pela belíssima ninfa Syrinx, mas que teve seu amor rejeitado por ela. Syrinx fugiu da feia criatura e foi pedir ajuda às náiades, as ninfas dos rios, que imediatamente a transformaram em uma discreta moita de bambus.
Pan perseguiu Syrinx até as margens do rio e quando supõe agarrá-la, abraça apenas os bambus e ouve somente os sons produzidos pelo vento a soprar através das partes ocas da planta. 
Pan encanta-se com aqueles sons; corta alguns bambus em tamanhos diferentes e inventa a flauta à qual dá o nome de Syrinx, em homenagem à amada, e que mais tarde será chamadaflauta de Pan em honra ao deus apaixonado.
Sob a feiúra do deus Pan se oculta um coração sensível, capaz, não só, de atos primitivos como a perseguição às ninfas, mas também de gestos românticos como prestar homenagem à amada inacessível.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Guerra de Troia

A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre Aqueus, um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga, e os Troianos que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 e 1200 a.C. Tudo teve início quando Éris, a deusa da discórdia, foi vingativa por não ter sido convidada à festa e lançou o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada que tinha uma inscrição dirigida à mais bela das deusas presentes, durante o casamento de Tétis e Peleu. 

Isto fêz com que Hera, Afrodite e Atena disputassem um concurso entre elas para saber quem era a mais bela. Páris foi designado para ser o juiz do concurso e a partir disso, cada uma das deusas tentou comprar o julgamento de Paris com uma diferente propina. A deusa Hera prometeu ao humano poder infinito; Atena ofereceu saúde e longevidade. No entanto, o troiano cedeu à proposta de Afrodite que lhe concederia o amor da mais bela mulher do mundo. 

Páris era filho do rei Príamo de Tróia, e quando Páris foi a Esparta na Grécia em missão diplomática, acabou apaixonando-se por Helena. Gregos e troianos entraram em guerra por causa de Páris ter raptado a princesa Helena que tinha a reputação de ser a mulher mais bela do mundo e era esposa do lendário Rei Menelau. 
O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que organizasse um poderoso exército. O general Agamenon, irmão de Menelau, foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia. O cerco grego a Tróia durou cerca de 10 anos e vários soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles, que morreu após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar.
Os troianos tinham a proteção de uma enorme muralha que os protegia. Odisseu, também chamado de Ulisses, foi quem apresentou Menelau como pretendente de Helena e assim se tornaram amigos. A guerra terminou após a execução de um grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi enviar aos troianos um grande cavalo de madeira.
Os inimigos troianos pensavam que os gregos tinha desistido da guerra e conduziram o enorme cavalo para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira de onde saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.

Caixa de Pandora


 fala de Pandora que foi a primeira mulher a ser criada por Hefesto o deus do fogo, metais e metalurgia e Atena a deusa da guerra, sabedoria, justiça, e habilidade juntamente com outros deuses a mando de Zeus o deus mais poderoso criador de todos os outros.
A criação de Pandora foi uma punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu de roubar do Monte Olimpo o segredo do fogo para dar aos homens. Assim Pandora foi criada recebendo de cada deus uma qualidade como graça, beleza, persuasão inteligência, paciência, meiguice, habilidade na dança e trabalhos manuais e também através de Hermes, que colocou em seu coração a traição e a mentira.
Ela foi feita á imagem e semelhança das deusas imortais, mas de natureza humana. Ela foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente, e mesmo ele sendo orientado por seu irmão para que não recebesse nenhum presente dos deuses ele não resistiu aos encantos de Pandora e tomou-a como esposa.
Ele tinha em seu poder uma caixa que os deuses havia lhe dado e que continha todos os males do mundo e assim avisou à mulher que não abrisse. Mas Pandora não resistiu à curiosidade, abriu-a e os males escaparam. Tentaram fecha-la, mas todos foram libertados afligindo os homens conservando um único bem, a esperança.

Ícaro e Dédalo



Na mitologia grega Ícaro era filho de Dédalo, um renomeável artesão de Atenas.
Dédalo,seu pai, recebeu de Minos, rei da ilha de Creta, a tarefa de prender o minotauro(criatura metade homem e metade touro). Porém cumprida a tarefa, Dédalo deu à filha do rei um novelo de linha para ajudar Teseu, um inimigo de Minos, a sobreviver ao labirinto e derrotar o minotauro.
Como castigo foi aprisionado numa torre juntamente com seu filho Ícaro, de onde não poderia sair por mar, pois o rei mantinha severa vigilância sobre todos os barcos que partiam, não permitindo que se fossem antes de uma rigorosa revista.
Muito talentoso, Dédalo confeccionou dois pares de asas, usando penas e cera, para ele e seu filho. Antes de deixarem a ilha, Dédalo avisou ao seu filho que não deveria voar tão próximo ao sol, pois o calor derreteria a cera e nem tão rente ao mar, pois a umidade deixaria as asas mais pesadas levando-o a cair.
Graças a enorme liberdade que voar deu a Ícaro, este por curiosidade cruzou o céu, porém o fez rente ao sol que derreteu a cera. Ícaro continuou voando mais logo percebeu que já não lhe sobrara nenhuma pena em suas asas e que ele estava batendo apenas os seus próprios braços. E assim ìcaro caiu no mar numa região que recebeu o nome dele - o mar Ícaro.
Conta-se numa outra versão da lenda que seu pai sobreviveu e chegando a Sicília foi acolhido pelo rei Cocálo.
Enquanto que a ousadia de Ícaro é certamente um dos mais importantes aspectos da mente humana, é também necessário viver com a prudência de Dédalo, sem a qual algumas decisões se podem tornar muito perigosas. Há que saber quando se deve arriscar e quando se devem retrair os impulsos curiosos, e acaba por ser essa uma das mais importantes lições a tirar deste mito.

sábado, 26 de janeiro de 2013

O Mito de Narciso

Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.
Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.

Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.

O mito de narciso parece uma triste história infantil para ensinar às crianças a nãoserem egoistas, que pensem nos outros, que não sejam presunçosas

Mito de Orfeu


Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, chamou a atenção de um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a mordeu e a matou. 
Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro Caronte a levá-lo vivo pelo rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões. Seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Encontrou muitos monstros durante sua jornada, e os encantou com seu canto.
Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse o pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.
Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo.
Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. 


Mito de Perséfone



Os deuses, Hermes, Ares, Apolo e Hefestos todos cortejaram-na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da companhia dos deuses.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou segundo os hinos Homeroicos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Artemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Helios que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Koré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

Urano e Gaia

Gaia e Urano são divindades da mitologia grega. Urano era filho de Gaia e mais tarde se casou com ela. Gaia representava a Terra e seu marido Urano, o Céu. Tiveram doze lindos filhos, os Titãs.
Mas depois Gaia deu à luz mais filhos, que não eram bonitos: os três Cíclopes, com um único olho o meio da testa; e os três Hecantonquinos, monstros de cinquenta cabeças e cem braços. Urano, enraivecido, encerrou todos eles no Tártaro, local que ficava nas profundezas do Mundo Subterrâneo.
Gaia ficou muito zangada, pois amava igualmente a todos os seus filhos, não importava a aparência deles; e jurou castigar Urano. Ela deu uma foice de pedra a Cronos, o mais novo dos Titãs, e mandou-o combater o próprio pai.
Cronos ficou apavorado, mas ele amava a mãe e sempre a obedecia. Assim, escondeu-se numa dobra do manto do pai e esperou o momento oportuno; então, com a foice, abriu uma ferida tão grande em Urano, que este fugiu para a parte mais distante dos céus, e nunca mais voltou.
Gaia então se casou com Ponto, o Mar, que lhe cobriu o corpo com suas belas águas; e ela deu à luz árvores e flores, animais e pássaros, e todo tipo de criatura, inclusive os seres humanos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Titanomaquia

foi a guerra entre os Titãs, liderados por Cronos, e os Deuses Olímpicos, liderados por Zeus, que definiria o domínio do universo. Zeus conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos depois de uma luta que durou dez anos.Tudo começa quando Urano deseja casar-se com Gaia, a Terra. Com isso nascem 12 filhos, 6 mulheres e 6 homens - chamados de Titãs. Urano temia que algum de seus filhos tentasse roubar seu trono, então cada vez que seus filhos nasciam, Urano os colocava novamente no útero de Gaia. 
Ela persuadiu seus filhos a se revoltarem contra o pai. O líder foi Cronos, que, no momento em que Urano estava copulando, foi libertado e utilizou uma foice para cortar as genitálias do pai. O sangue de Urano ao cair na Terra gerou os mares, as montanhas e as florestas. Cronos então liberta seus irmãos.
Antes de ser destronado, Urano profetizou que assim como ele, Cronos também eria derrotado por um de seus filhos. Com isso, Cronos exige que seus filhos sejam entregues um a um para que ele os devore. A mãe entrega todos menos o último, Zeus. Em outras versões Réia também salva Poseidon (substituindo-o por um potro) e Hera (entregando-a aos cuidados das Horas e de Oceano e Tétis).
A mãe entrega Zeus às ninfas (seres elementares) ou, em outras versões, aos centauros. Já adulto, Zeus se disfarça e dá a seu pai uma poção (que havia recebido de sua primeira esposa a titanida Métis) que o faz vomitar seus irmãos já adultos.
Zeus, apoiado pelos irmãos libertos, inicia a Titanomaquia. Nessa luta quase interminável, que durou 10 anos, os deuses posicionaram-se no monte Olimpo e os titãs adversários, convocados por Cronos, no monte Ótris. Tiveram, ainda, a ajuda dos titãs hecatônquiros, que forneceram a Zeus suas armas.
Hesíodo descreve assim a luta: "Parecia, ouvindo e vendo tão grande bulha e luz, que a terra e o céu se confundiam, pois era enorme o tumulto da terra esmagada e do céu a se precipitar sobre ela, tal o barulho da luta dos deuses. Ao mesmo tempo, os ventos, sacudindo-se, erguiam o pó, o trovão, o relâmpago, e o raio ardente, armas do grande Zeus, e levavam o brado e os clamores ao seio dos combatentes; e no incessante fragor da espantosa luta, todos mostravam a força dos seus braços."
Vitoriosos os "olímpicos" banem os Titãs para o Tártaro, junto com Erebus.
Os titãs Oceanus, Tétis, Mnemosine, Prometeus e Têmis não participaram da titanomaquia e mais tarde foram incorporados ao panteão grego.
Oceanus ficou como rei dos rios que circunveavam o mundo (ou seja, o mar). Prometeu mais tarde criou o primeiro ser humano a partir do barro e depois foi acorrentado no monte Cáucaso por ter roubado o fogo do Olimpo para dar aos homens, mas foi libertado por Héracles (ou Hércules) em um de seus doze trabalhos. E Métis tornou-se a primeira esposa de Zeus, que foi engolida por ele, pois Gaia fez uma profecia de que a filha de Métis, (Atena), também destronaria Zeus, motivo pelo qual Zeus engoliu a titânida.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Historia da Medusa



História

Numa versão posterior do mito da Medusa, relatada pelo poeta romano Ovídio, a Medusa teria sido originalmente uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena. Um dia ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares", Poseidon, e deitado-se com ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra. Na versão de Ovídio, Perseu descreve a punição dada por Atena à Medusa como "justa" e "merecida".

Morte

Perseu havia recebido a missão e trazer a cabeça da Górgona como uma forma de presente, para o rei Polidetes de Sérifo. Os deuses como não gostavam de fazer faxina, muniu a Isaura (Perseu) com tudo o que ela iria precisar. Não foram muito generosos, com o auxílio de Atena, de Hermes, que lhe forneceu as sandálias aladas, e de Hades, que lhe deu um elmo da invisibilidade, uma espada e um escudo espelhado. O herói cumpriu a missão, matando a Górgona após olhar apenas para o seu inofensivo reflexo no escudo, evitando assim ser transformado em pedra. Quando separou a cabeça da Medusa de seu pescoço, duas criaturas nasceram: o cavalo alado Pégaso e o gigante dourado Crisaor.