segunda-feira, 22 de julho de 2013

Gigantomaquia

Foi a batalha entre os deuses olímpicos e os gigantes, que sucedeu a Titanomaquia. Essa batalha muitas vezes é confundida ou misturada com a Titanomaquia, mas trata-se de um conflito posterior. Logo após Zeus e os outros deuses derrotarem os Titãs, Gaia se angustiou devido ao destino dos seus filhos, que foram aprisionados no Tártaro e ela, em busca de vingança, trouxe os terríveis Gigantes, que nasceram através do sangue de Urano que se derramou sobre a terra no momento que foi castrado por Cronos.
Os Gigantes eram seres imensos, prodigiosamente fortes, de espessa cabeleira e barba longa, o corpo horrendo, cujas pernas tinham a forma de serpente. Dotados de força descomunal e protegidos por muitos artifícios mágicos, os Gigantes eram praticamente invencíveis. Tão logo nasceram, começaram a jogar para o céu árvores inflamadas e rochedos imensos. O Destino determinou que eles só poderiam morrer quando fossem atacados simultaneamente por um deus e um mortal
Sabendo do ataque planejado pelos Gigantes, Zeus, Poseidon e Hades , os três irmãos olímpicos, prepararam as suas armas para a guerra. Zeus muniu-se da égide e do seu raio, Poseidon tomou o seu tridente e Hades o capacete que o tornava invisível. Reuniram os outros deuses sob o seu comando e, afim de preencher as condições exigidas pelo Destino, Zeus enviou Atena até Héracles(Hércules), o corajoso mortal para pedir seu auxilio nessa batalha. Em Flegra, na Macedónia, onde haviam nascido, os Gigantes ergueram as suas lanças e prepararam-se para o ataque, mostrando os seus imensos corpos protegidos por armaduras. Alcioneu e Porfirião seriam os responsáveis por comandar o ataque. Neste violento confronto ter-se-iam afundado ilhas, formado montanhas e vales. 
A princípio lutavam somente Zeus e Palas Atena, armados com a égide, o raio e a lança. Já que os Gigantes só podiam ser mortos por um deus com o auxílio de um mortal, Héracles passou a tomar parte no combate. Apareceu também Dionísio, armado com um bastão e tochas, e auxiliado pelos Sátiros. Aos poucos o mito se enriqueceu e surgiram outros deuses que vieram em socorro de Zeus.Também é dito que durante a guerra, Triton tocou a sua trombeta de concha (que ele mesmo havia inventado) contra os gigantes, colocando-os em fuga. E os jumentos que Sileno e os sátiros cavalgavam enquanto eles vinham para ajudar Zeus na guerra ficaram tão aterrorizados que soltaram um zurro, como os gigantes nunca tinham ouvido falar, assustando-os. Os mitógrafos destacam nessa luta treze Gigantes, embora seu número tenha sido muito maior. Alcioneu foi morto por Héracles, auxiliado por Atena, que aconselhou o herói arrastá-lo para longe de Palene, sua cidade natal, porque, cada vez que o Gigante caía recobrava as forças, por tocar a terra, de onde havia saído. Porfírio atacou a Héracles e Hera, mas Zeus inspirou-lhe um desejo ardente por esta e enquanto o monstro tentava arrancar-lhe as vestes, Zeus o fulminou com um raio e Héracles acabou com ele a flechadas. Efialtes foi morto por uma flecha de Apolo no olho esquerdo e por uma outra de Héracles no direito. Êurito foi eliminado por Dionísio, com um golpe de bastão; Hécate acabou com Clício a golpes de tocha; Mimas foi liquidado por Hefesto, com ferro em brasa. Encélado fugiu, mas Atena jogou em cima dele a ilha de Sicília; a mesma Atena escorchou a Palas e se serviu da pele do mesmo, como uma couraça, até o fim da luta. Polibotes foi perseguido por Poseidon através das ondas do mar até a ilha de Cós. O deus, enfurecido quebrou um pedaço da ilha de Nisiro e lançou-o sobre o Gigante, esmagando-o. Hermes usando o capacete de Hades, que o tornava invisível, matou Hipólito, enquanto Ártemis liquidava Grátion. As Moîras mataram Ágrio e Toas. Zeus, com seus raios, fulminou os restantes e Héracles acabou de liquidá-los a flechadas. 

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